O Vazio que Nenhuma Conquista Preenche: Um Encontro que Transforma a Alma5 min read

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Você já sentiu aquela sede que a água não mata? Não estou falando da sede física, mas de um vazio na alma, uma inquietação que sussurra: “falta algo”. É o sentimento que nos impulsiona para a próxima compra, o próximo relacionamento, o próximo emprego, o próximo diploma, a próxima curtida nas redes sociais. É uma busca incessante por algo que preencha um espaço que parece nunca se completar.

No coração da Samaria, sob o sol escaldante do meio-dia, uma mulher conhecia essa sede melhor do que ninguém. E foi ali, no lugar mais improvável e na hora mais quente do dia, que ela teve um encontro que mudaria tudo.

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Um Encontro Marcado no Poço

 

A Bíblia nos diz em João 4 que Jesus “teve de passar por Samaria”. Essa não era uma rota comum ou conveniente para um judeu. Judeus e samaritanos viviam uma hostilidade mútua, um desprezo histórico que os fazia desviar quilômetros para não se cruzarem. Mas Jesus não estava ali por acaso. Ele tinha um encontro marcado.

Ele se senta junto ao poço de Jacó, cansado da viagem, e espera. Logo, uma mulher se aproxima. Ela vem buscar água ao meio-dia, um horário em que ninguém mais se arriscava sob um calor tão intenso. Por quê? Porque ela carregava um fardo mais pesado que o cântaro de água: a rejeição. Evitar os outros era sua forma de fugir dos olhares e dos sussurros.

O que ela não esperava era que Alguém a estivesse esperando. Alguém que via além de sua reputação, diretamente para a sede profunda de sua alma.

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O Diagnóstico da Alma: A Cobiça

 

Jesus quebra todas as barreiras sociais e pede: “Dê-me um pouco de água”. A conversa que se desenrola é uma das mais reveladoras das Escrituras. Ele fala sobre uma “água viva”, uma água que, quem beber, nunca mais terá sede.

Intrigada, ela pede dessa água. E então, Jesus toca na ferida. “Vá buscar seu marido”.

Com essa simples frase, Ele expõe a fonte do seu vazio. “Não tenho marido”, ela responde. A verdade era dolorosa: ela já havia tido cinco maridos, e o homem com quem vivia agora não era seu. Sua vida era uma sucessão de poços vazios. Ela pulava de relacionamento em relacionamento, buscando no próximo homem a satisfação que o anterior não deu. Cada nova tentativa era a esperança de finalmente encontrar a felicidade, mas cada fim era a confirmação de que o vazio continuava ali.

Essa busca incessante tem um nome: cobiça. A cobiça é a mentira que a serpente sussurrou no Éden e continua a ecoar em nossos corações: “Deus não lhe deu tudo. Falta algo. Aquilo que você não tem é o que realmente vai te fazer feliz”.

É um buraco insaciável. Pode não ser em relacionamentos, como a mulher samaritana. Talvez sua busca seja por reconhecimento no trabalho, por um diploma, por um ministério de destaque, por mais dinheiro na conta ou pela aparência perfeita que vê nas redes sociais. Não importa o que você jogue nesse poço, ele nunca se enche, porque ele tem o tamanho de Deus.

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A Fonte que Jorra de Dentro para Fora

 

Jesus não a condena. Em vez disso, Ele se revela como a resposta. Ele é a água viva que ela — e todos nós — desesperadamente procura. Ele oferece algo radicalmente diferente: não apenas matar a sede, mas instalar dentro dela uma fonte.

“Quem beber da água que eu dou nunca mais terá sede. Ela se torna uma fonte que brota dentro dele e lhe dá vida eterna.” (João 4:14)

Essa é a revolução do Evangelho! A felicidade e a satisfação não estão mais “lá fora”, em algo que precisamos conquistar. A fonte está “aqui dentro”. Quando recebemos Cristo, o Espírito Santo passa a habitar em nós, e Ele se torna nossa fonte inesgotável de vida, alegria e contentamento.

O que Jesus estava dizendo para aquela mulher, e diz para nós hoje, é uma das verdades mais libertadoras que existem: em Cristo, não nos falta nada.

Isso não significa que teremos tudo o que desejamos, mas que teremos tudo o que precisamos para cada momento. Como um bebê recém-nascido, que tem tudo o que precisa para viver sua fase, nós recebemos de Deus exatamente o necessário para cumprir Seu propósito hoje. A insatisfação surge quando olhamos para o que não temos, em vez de multiplicarmos o que Ele já nos deu.

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Satisfeito para Transbordar

 

O final dessa história é espetacular. Lembra-se dos discípulos? Eles entraram na cidade com fome, focados em uma única coisa: encontrar comida para satisfazer sua própria necessidade. Eles entraram para tirar algo da cidade.

A mulher, por outro lado, depois de encontrar Jesus, entra na cidade completamente satisfeita. Ela não precisa de mais nada de ninguém. Sua sede foi saciada. E por não precisar tirar, ela pôde entregar. Ela entrou na cidade transbordando, e o resultado? Ela voltou com a cidade inteira aos pés de Jesus.

A maior ferramenta de evangelismo que existe é um cristão genuinamente satisfeito no Senhor.

Imagine entrar no seu trabalho, na sua faculdade ou na sua casa não mais com a mentalidade de “o que eu posso ganhar aqui?”, mas com a certeza de que você é uma fonte transbordante da vida de Deus. Você não está lá para ser preenchido, mas para jorrar.

Hoje, Jesus se senta ao lado do seu poço, conhece a sua sede e oferece a mesma água viva. Ele te convida a parar de cavar em cisternas rachadas e a beber da única Fonte que pode verdadeiramente satisfazer sua alma.

Você aceita?

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