
Ei, pessoal! Paz!
Hoje queremos propor um bate-papo sincero com você. Sabe aquela sensação de que, mesmo diante de um número crescente de cristãos e evangélicos no Brasil, com tantas igrejas cheias, músicas gospel tocando em todo lugar e uma infinidade de “produtos cristãos”, algo parece… fora do lugar?
É como se, pouco a pouco, a sociedade e, sejamos honestos, até mesmo parte da igreja, tivesse deixado o verdadeiro Deus de lado.
Não é que as pessoas tenham parado de falar em “Deus”. Pelo contrário! O nome dEle está em todos os lugares. Mas a pergunta que fica é: de qual “Deus” estamos falando?
Corremos um risco gigante de criar um Deus à imagem da nossa cultura, em vez de sermos uma cultura moldada pela revelação de Deus. E o resultado disso é que podemos estar, sem perceber, adorando um “Deus desconhecido”.

Os Ídolos Modernos com Rosto de “Jesus”
Quando falamos em idolatria, a primeira imagem que vem à mente é a de estátuas de ouro, santos esculpidos em gesso, pedras, ou deuses antigos, certo? Mas a idolatria de hoje é muito mais sutil. Ela se disfarça, usa nosso vocabulário e até senta no banco da igreja.
Nós criamos um ídolo e, para ficar mais confortável, colocamos nele uma etiqueta escrito “Jesus”.
1. O “Jesus” Coach Motivacional: É aquele “jesus” que só serve para realizar nossos sonhos, um gênio da lâmpada focado em nos dar sucesso, status e reconhecimento. A cruz deixa de ser sobre renúncia e se torna um logotipo para consumo.
2. O “Jesus” da Falsa Prosperidade: É quando disfarçamos nossa ganância e nosso consumismo com a palavra “prosperidade”. Buscamos a bênção, mas não o Abençoador. Queremos os milagres, mas não o Senhor dos milagres.
3. O “Jesus” Popstar e a Arte Vazia: Criamos uma cultura de celebridade gospel. Queremos ter o tênis do cantor, o cabelo, o carisma do pregador. Adoramos a performance no palco, mas esquecemos de viver a santidade em casa.
E isso nos leva a um ponto muito sério: o que a nossa arte está comunicando?
Vamos fazer um exercício rápido: pense na música ou poesia “gospel” que ouvimos muito por aí. Agora pense naquele seu primo, vizinho ou amigo que ainda não conhece Jesus. O que estamos produzindo é algo que gostaríamos, de coração, que chegasse ao ouvido dele?
Muitas vezes, o que “transborda” do nosso meio para o mundo não é o Evangelho profundo que transforma. Infelizmente, o que mais se ouve são canções distantes da Bíblia, que reproduzem a lógica por exemplo de “proteger do mal olhado e do invejoso”, dentre outros desarranjos.
Quando a nossa arte foca nisso, a chance de transformação é remota. (Só não dizemos “zero” porque sabemos que o Espírito Santo opera milagres e é Ele quem convence do pecado!)
E sendo bem honesta, talvez a culpa não seja só do músico. Fica aí uma reflexão para todos nós, não é? O convite é para um mergulho mais fundo na Palavra, para buscar um entendimento que realmente vá além do superficial. É esse mergulho na verdade que faz o coração arder.”

Por que fazemos isso? A raiz do problema
Jesus contou uma parábola muito reveladora, a dos talentos. (Mateus 25:14-30 | Lucas 19:11-27) Um senhor deu talentos (dinheiro) a três servos. Dois deles multiplicaram, mas um… cavou um buraco e escondeu.
Por que ele fez isso? O próprio servo responde: “Eu sabia que o senhor é um homem severo… por isso, tive medo.”
Percebe? O problema principal daquele servo não foi a preguiça (embora ele fosse preguiçoso). O problema foi que ele não conhecia o seu senhor. Ele tinha uma imagem distorcida, uma caricatura baseada no medo. Ele estava se relacionando com um “chefe desconhecido”.
Essa é a raiz de toda idolatria.
Quando não conhecemos o Deus verdadeiro, revelado na Sua Palavra, nós inventamos um. E esse “Deus” inventado é sempre mais parecido conosco e com nossos desejos do que com o Deus Santo, Justo, Misericordioso e Amoroso da Bíblia.
Buscamos na igreja uma “mágica” para consertar o casamento em um culto, o que não está errado, mas não buscamos o “discipulado” de ler a Palavra e realmente amar nosso cônjuge como Cristo amou a igreja.
O Perigo de Ter Jesus do Lado de Fora
Em Apocalipse 3:14-22 , Jesus manda uma carta duríssima para a igreja de Laodiceia. Eles se achavam o máximo: “Estou rico, próspero, não preciso de nada!”.
Mas a avaliação de Jesus era bem diferente: “Você não percebe que é infeliz, miserável, pobre, cego e está nu.”
Como eles podiam estar tão enganados? A resposta está no final da carta, em uma das frases mais tristes da Bíblia:
“Estou à porta e bato…” (Apocalipse 3:20)
Espere aí. Se Jesus está batendo na porta… quem estava dentro da igreja?
Eles estavam fazendo “igreja” com Jesus do lado de fora. Estavam cultuando seus próprios ídolos, suas próprias fórmulas, seu próprio sucesso. Estavam tão cheios de si que não havia espaço para o Senhor.
Esse é o maior perigo: nos tornamos aquilo que adoramos.
Se adoramos ídolos mortos (dinheiro, sucesso profissional, fama, status, a própria imagem), nós nos tornamos espiritualmente mortos. Como diz o Salmo 115:5-8: “Têm olhos, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem… Tornem-se como eles aqueles que os fazem e neles confiam.”

O Caminho de Volta: Deixando o Verdadeiro Deus Entrar
A boa notícia é que a porta tem maçaneta do lado de dentro. A solução é simples, embora exija uma decisão radical:
1. Abra a Porta (e a Bíblia!) A única forma de derrubar os ídolos é conhecer o Deus verdadeiro. E a única forma de conhecê-lo é através da Sua Palavra. Não basta carregar a Bíblia debaixo do braço ou deixá-la aberta num Salmo bonito. Ela precisa estar guardada no coração. Precisamos voltar a amar as Escrituras mais do que as opiniões passageiras.
2. Exalte Somente a Cristo A igreja precisa de um foco total e inegociável em Jesus. Não em super-apóstolo, não na super-igreja, mas em Cristo. Só Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ele deve ser o centro do nosso culto, das nossas canções e da nossa vida.
3. Viva em Comunidade Genuína Não tem nada que exponha mais nossos ídolos do que relacionamentos reais. O casamento, a criação dos filhos, a comunidade da igreja… é ali, no dia a dia, que somos chamados a viver o Evangelho. É um “mendigo contando a outro mendigo onde encontrou pão”.
Não fomos chamados para sermos apenas “religiosos” ou “evangélicos”. Fomos chamados para sermos discípulos de Jesus.
Cabe a nós semear a semente incorruptível, falar do Evangelho genuíno. É hora de derrubar os ídolos do nosso coração e reconstruir o altar ao único que é digno de ser adorado.
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Que tal começarmos hoje?
Deus abençoe sua casa!
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Deus abençoe grandemente a sua vida!