
Olá, queridas amigas do palavra viva! Que alegria imensa poder dividir com vocês um tema que tem sido um dos maiores desafios aqui em casa, especialmente na criação do meu filho adolescente, o Pedro Henrique, de 13 anos.
Como muitas de vocês, me sinto navegando em águas desconhecidas. O mundo analógico em que cresci é bem diferente da realidade digital do meu filho. A tela virou um membro da família, e o limite entre o útil e o viciante ficou tênue.
Este artigo nasceu de uma profunda reflexão e de um conhecimento transformador que obtive ao estudar e conhecer o trabalho da psicóloga e pedagoga Cassiana Tardivo, especialmente no livro: “Resgate Seu Filho das Telas: Vença a dependência digital e restaure o vínculo familiar”. Quero compartilhar como essa sabedoria tem me ajudado a guiar o meu filho a restaurar a nossa conexão.
⏳ A Evolução Digital e o Desafio da Maternidade Distraída
Se pararmos para pensar, o avanço tecnológico em poucas décadas foi assustador. Nossas gerações vivenciaram a transição do telefone de ficha (o orelhão), do computador “tubão” para a internet discada, até chegarmos aos smartphones ultrarrápidos de hoje. Em cerca de 30 anos, a tecnologia transformou o mundo!
O grande problema é que, para nós, pais e mães que cresceram no analógico, o digital pode ser uma “terra sem lei”. E, infelizmente, a tela se tornou um atalho – a “babá digital” que nos permite fazer outras coisas, comer uma pizza com o marido, ou responder a um e-mail urgente.
O Alerta na livro: Deixar nossos filhos sozinhos diante da tela é como deixá-los em um quarto com caixas de pornografia, drogas e contatos ilícitos, dizendo: “Não toque”. No digital, milhões de pessoas e predadores estão a um clique de distância. Não podemos ter uma maternidade distraída!
A grande tragédia não é a tecnologia em si, mas a exposição solitária e desassistida. Deixar nossos filhos sozinhos navegando é como abrir a porta para milhões de influências, muitas delas perigosas. A Bíblia nos orienta sobre a importância de guardar o nosso coração e o coração dos nossos filhos: “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele procedem as fontes da vida” (Provérbios 4:23).
Para a mente em desenvolvimento do meu filho de 13 anos, tudo o que ele vê e ouve está sendo elaborado como realidade. E é nessa realidade que está o risco.

🛑 O Perigo Silencioso do Vício e a Necessidade de Discernimento
Proibir o uso de telas se tornou quase impossível, já que o digital faz parte do processo educativo e da vida moderna. O caminho é a educação e o discernimento;
- Supervisão Ativa e Compartilhamento: Use seu dispositivo junto com a criança, compartilhando o conteúdo e monitorando o tempo.
- Ensine a Discernir: Converse com seu filho sobre o que ele está vendo/ouvindo. Se for um jogo violento, pergunte: “O que você pensa sobre matar pessoas no jogo? É isso que fazemos em casa?”. Ensine-os a discernir as associações que a tecnologia traz.
- A Palavra Liberta: O conhecimento liberta. Busque sabedoria para entender os perigos e usar a tecnologia de forma assertiva.
“A aprendizagem ela é construída, ninguém nasce com esse repertório. Quando a gente faz as perguntas, a criança vai refletindo e construindo essa aprendizagem.”
“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Coríntios 2:14). Precisamos de sabedoria que vem do alto para discernir os tempos e guiar nossos filhos na verdade.

❤️ O Verdadeiro Resgate: Restaurando o Vínculo
Para crianças e adolescentes, a liberação dopaminérgica (a sensação de prazer e recompensa) é duas vezes e meia maior do que em adultos. Isso significa que a criança vicia muito mais rápido! O cérebro dela não está maduro (amadurecimento total só ocorre por volta dos 30 anos) para “desligar” e sair do jogo. A mente vai elaborar aquela realidade como verdadeira, e os desejos dela serão moldados por isso.
Mas, e se o vício já está instalado?
1. Resgate a Esperança: Dá Tempo! O primeiro passo é acreditar que é possível. Em Deus, sempre há tempo para recomeçar. Nosso Deus é um Deus de processos, e com paciência e intencionalidade, podemos virar o jogo. A graça Dele nos alcança na nossa fragilidade: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9).
2. O Radical e a Redução Gradual:
- Em casos graves de vício, com agressividade, irritabilidade e ruptura de vínculo, a orientação pode ser radical: a retirada total.
- Em casos menos graves, faça a redução gradual: 25% do tempo de uso, depois mais 25%, até chegar a um padrão aceitável (cerca de 3 horas para um adolescente, somando todas as telas – redes sociais, TV, etc.).

3. Substitua Hábitos, Não Apenas Retire: Quando você tira a tela, a criança ou o adolescente não saberá “o que fazer”. Você precisa criar novos hábitos e preencher o tempo:
- Promova atividades ao ar livre, jogos de tabuleiro, conversas, estude a bíblia, faça devocional junto com o seu filho (a).
- Ensinar a fazer as tarefas de casa junto (lavar louça, varrer, arrumar a mesa).
- Em seu livro, Cassiana sugere 30 atividades para diferentes faixas etárias, focando no desenvolvimento de habilidades e competências essenciais.
4. Invista no Vínculo: Amigável, Não Amiga: Muitos filhos rompem o vínculo porque sentem que os pais não têm interesse genuíno em suas vidas. Não seja a “mãe amiga”, mas seja amigável. Não roube a vivência deles, mas ingresse no universo deles para que suas conexões sejam verdadeiras.
O Segredo da Cumplicidade: “A tecnologia ocupa espaço quando as relações humanas deixam de ocupar o seu devido lugar. Quando fazemos coisas juntos – lavar a louça, arrumar a casa, fazer um devocional – isso gera cumplicidade, conexão e intimidade.”
5. Dominando o Relógio: Priorize o tempo de encontro com a família (geralmente entre 19h30 e 21h). Desligue as telas e esteja presente de verdade, olho no olho.
Quando diminuí muito o tempo de tela do Pedro, ele não soube o que fazer. Estou aprendendo a substituir o hábito. Passamos a organizar a casa, estudar a bíblia juntos, ter um tempo de conversa, fazer um lanche, ou simplesmente sentar para ler. No livro isso é chamado de cumplicidade, e a Bíblia chama de serviço e comunhão: “É melhor ter companhia do que estar sozinho, porque maior é a recompensa do trabalho de duas pessoas.” (Eclesiastes 4:9).
Tive que aprender a “adolescer” com o Pedro, entrando no universo dele sem querer ser a “mãe amiga”. Ele só quer alguém que o ouça de verdade. Preciso ouvi-lo mais para que ele se sinta seguro em compartilhar.

✨ E para você que também é mamãe:
Se você também está vivendo essa luta, eu te encorajo: resgate a esperança!
Um dos conselhos neste livro da Cassiana foi precioso: “Não queime a largada.” A ansiedade em ver resultados rápidos nos faz desistir. Observe o comportamento do seu filho com calma, e só depois comece o processo. Seja assertiva, não apenas apressada.
Leia o livro (ou busque conhecimento), digira-o;
Que possamos ser a luz do mundo e guiar nossos filhos, como o meu amado Pedro, para que usem a tecnologia com sabedoria, sem que ela roube o propósito e o vínculo familiar.
🎯 Quero Mais! A Chave para o Conhecimento
Minha experiência com o Pedro tem sido transformada por esta sabedoria. Se você deseja aprofundar seu conhecimento e ter um plano prático, o trabalho da Cassiana Tardivo é uma jornada incrível!
Livro de Inspiração:
- “Resgate Seu Filho das Telas: Vença a dependência digital e restaure o vínculo familiar“ – Adquira a sua cópia para ter o plano de ação completo, as atividades e o respaldo bíblico/científico para a sua maternidade.
Que Deus nos capacite a sermos mães intencionais e presentes!
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