Geena: O Aviso de Jesus Sobre o Inferno Que a Cultura Transformou em Piada5 min read

 

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Deixamos o Inferno “fofinho”? O que eu descobri quando parei para ouvir o que Jesus realmente disse.

Olá, queridos irmãos!

Estes dias eu parei para pensar em algo que faz parte da nossa fé desde que somos crianças: o inferno.

Se eu pedisse para você fechar os olhos e imaginar o inferno, o que viria à sua mente?

Provavelmente um lugar vermelho, cheio de fogo, talvez um diabinho com um tridente e um sorriso sarcástico. É a imagem que a cultura, os desenhos, os filmes e até a arte medieval (como a no livro “Divina Comédia” de Dante Alighieri) pintaram para nós.

Mas aí me veio a pergunta que mudou tudo: se a gente apagasse todas essas imagens e ficasse só com o que Jesus disse… o que sobraria?

Decidi fazer essa pesquisa, mergulhar nos Evangelhos com essa pergunta específica em mente. E o que eu descobri me deixou profundamente desconfortável.

O inferno que Jesus descreveu não tem nada a ver com a caricatura. Ele é infinitamente mais sério e mais real. O problema não é que exageraram o inferno para nós; o problema é que o “suavizaram” até ele virar piada, e nós nem percebemos.

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A primeira surpresa: Jesus falou (muito) sobre isso

 

A primeira coisa que salta aos olhos na pesquisa é a frequência. Eu fiquei chocado ao perceber que Jesus falou mais sobre o inferno do que qualquer outra pessoa na Bíblia. Mais que Paulo, mais que Pedro, mais que João em Apocalipse.

Isso não é um detalhe pequeno. Se o fundador da nossa fé falou tanto sobre algo, com tanta clareza e urgência, é porque isso é central. Ele não tratava o inferno como uma metáfora ou uma figura de linguagem. Ele falava sobre salvação, amor, perdão e inferno com a mesma naturalidade e seriedade.

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“Geena”: O inferno que se podia ver e cheirar

 

Um dos pontos mais fascinantes da minha pesquisa foi descobrir a palavra que Jesus usava. Muitas vezes, no original grego, a palavra que lemos como “inferno” é “Geena”.

Geena não era um conceito abstrato. Era um lugar físico.

Pense comigo: Geena (ou Vale de Hinom) era um vale real, fora dos muros de Jerusalém. Era o lixão da cidade. Um lugar onde o fogo ardia sem parar para consumir o lixo. Um lugar com uma história terrível, onde, séculos antes, pessoas chegaram a sacrificar os próprios filhos a deuses pagãos.

Era um lugar de fumaça, de cheiro de morte, de vermes. Era o pior lugar que qualquer pessoa daquela época poderia imaginar.

Então, quando Jesus dizia: “É melhor você perder um olho do que ser lançado na Geena”, as pessoas não pensavam em um diabinho de desenho animado. Elas pensavam naquele vale. Naquele horror real, visível e palpável.

Jesus pegou o pior lugar conhecido na Terra e disse: “A eternidade sem Deus é pior do que isso.”

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O que Jesus realmente descreveu?

 

Quando filtramos as palavras de Jesus, o inferno que Ele descreve não é um “parque temático do mal” governado por Satanás. (Essa ideia é de Dante, não da Bíblia).

O inferno de Jesus é definido por termos como:

  • “Fogo eterno” (Mateus 25:41)
  • “Trevas exteriores” (Mateus 8:12)
  • “Pranto e ranger de dentes” (Mateus 8:12)

O “pranto e ranger de dentes” é o que mais me impressiona. Isso não sugere aniquilação; sugere consciência. Sugere dor, remorso, agonia e plena consciência do que foi perdido. Na história do Rico e Lázaro (Lucas 16), o homem rico no tormento se lembra da sua vida, se preocupa com seus irmãos e pede alívio. Ele está plenamente consciente.

O horror do inferno de Jesus não é um monstro com um garfo. O horror é a separação. É o exílio final de tudo o que é bom, luz, beleza, sentido e afeto.

O inferno é o oposto de Deus.

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O aviso que não queremos ouvir

 

Aqui chegamos ao ponto central. Se o inferno de Jesus é tão sério, por que nós, na igreja moderna, falamos tão pouco sobre ele?

Acho que é porque esse assunto não combina com o cristianismo “confortável” que muitas vezes buscamos. Um cristianismo terapêutico, motivacional, só de frases positivas, que evita falar de cruz, juízo, arrependimento e consequências eternas.

É mais fácil rir de uma fantasia de Halloween do que encarar a noção de que somos responsáveis por nossas escolhas e que Deus não só ama, mas também julga.

Mas por que Jesus falou tanto sobre isso?

A resposta que encontrei é uma só: Porque Ele ama.

Só quem ama de verdade tem a coragem de dar um aviso honesto. Só quem se importa de verdade diz: “Cuidado, isso é real. Isso importa. Há um perigo.”

Jesus não falou do inferno para nos manipular ou assustar, mas porque Ele sabia o que significava viver eternamente sem Deus, e Ele queria nos evitar isso a qualquer custo. O inferno não é o discurso de um Deus cruel; é o aviso desesperado de um Deus que não quer perder ninguém.

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A escolha final

 

Na minha pesquisa, entendi que o inferno não é um lugar para onde Deus manda as pessoas por vingança.

O inferno é a consequência final e trágica de uma vida que olhou para Deus e disse: “Eu não preciso de Você”. É o destino de quem rejeitou o amor, o perdão e a luz tantas vezes que, no fim, Deus respeita essa decisão.

É Deus dizendo: “Se você não quer a Minha presença, eu não vou forçá-lo a passar a eternidade comigo.”

E quando Deus retira Sua presença — que é a fonte de toda luz, alegria e vida — o que sobra? Sobra apenas o eu, sozinho nas trevas. E esse é o verdadeiro horror.

Que possamos levar as palavras de Jesus a sério — todas elas. Não para vivermos com medo, mas para entendermos a profundidade do Seu amor e a urgência da Sua graça.

E você? Como você lida com esse assunto? Deixe seu comentário, vamos conversar sobre isso.

Fique na paz!

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