
Você já parou para pensar no “peso” que um nome carrega nas nossas relações diárias? É curioso observar como o nosso comportamento muda dependendo da intimidade que temos com alguém.
Quando a relação é difícil ou existe algum conflito, a gente tende a criar distância. Às vezes, evitamos até pronunciar o nome da pessoa, referindo-nos a ela como “o fulano”, “ela lá”, ou, em casos piores, usando apelidos pejorativos. O distanciamento no coração reflete no vocabulário.
Por outro lado, quando existe amor, carinho e proximidade — seja entre amigos, familiares ou casais — o fenômeno inverso acontece. O nome formal dá lugar ao apelido carinhoso, àquele diminutivo que só vocês entendem. O “Cristina” vira “Cris”, e surgem aqueles nomes (apelidos) que, para quem olha de fora, podem não fazer sentido, mas que são marcas profundas de afetividade e intimidade.

O Apelido Carinhoso de Deus
A Bíblia nos mostra algo extraordinário: Deus também usa essa linguagem de intimidade conosco. Você já se perguntou por que Ele mudou o nome de certas pessoas nas Escrituras? Vemos Jacó se tornando Israel, Simão se tornando Pedro, Saulo se tornando Paulo, entre outros.
Isso não foi apenas uma troca de etiquetas; foi uma mudança de identidade e destino.
Isaías 62:2: “E ver-se-á a glória do Senhor, e todos os reis a tua justiça; e chamar-te-ão por um nome novo, que a boca do Senhor designará”.
De maneira análoga a esses heróis da fé, existe uma promessa sublime para nós. A Escritura nos diz que, na redenção final, Deus dará ao vencedor um novo nome. E o detalhe mais lindo dessa promessa é a exclusividade: é um nome que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.
Apocalipse 2:17: “Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”.
Pense na profundidade disso: é um segredo entre você e o seu Pai Celestial. É o nível máximo de particularidade e relacionamento.

O “Cartório” Espiritual
Por que precisamos desse novo nome? Porque, sejamos honestos, o nosso “nome atual” carrega muita bagagem. Nele estão registrados nossos erros, nossos pecados, nossas ofensas a Deus e os descompassos que tivemos com o próximo e conosco mesmos. É como se, no “cartório da vida”, nossa ficha estivesse manchada.
Mas a grande vitória do Reino de Deus é a transformação. Pelo nome de Jesus e pela obra do Espírito Santo, não somos mais definidos pelo nosso passado.
Quando recebermos esse novo nome na glória, ele será a marca da nossa redenção plena. Será um nome livre de culpas, um selo de santificação final e de salvação eterna. Será o fim da história de quedas e o início de uma eternidade de comunhão perfeita.
Eu não sei qual será o meu novo nome, e você provavelmente não sabe o seu. Mas a expectativa de um dia ouvir o próprio Deus nos chamando por uma identidade que reflete puramente o Seu amor é o que deve mover o nosso coração hoje.
Que essa esperança abençoe a sua vida e encha o seu coração de gratidão. A sua história não termina nos seus erros; ela recomeça no nome que Deus tem preparado para você.
Amém.
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